quinta-feira, 19 de julho de 2012

I had an idea of our happiness.

É isso que eu faço, é isso que eu sempre fiz: evitar os sentimentos, as sensações, as emoções, os acontecimentos, os outros, a vida. Eu não suporto esse contato comigo. Esse monstro que habita meu corpo. A alma mais feia de todo o universo. Eu fugi de mim mesma a um bom tempo atrás. Fuja, fuja enquanto há coragem. Porque paz aqui não há. Quando se evita sentir, você sente o nada e o nada - até agora - me pareceu tão sereno. Mas você chega borbulhando sentimentos por mim. Tenta por todas as maneiras me fazer sentir, quebra todos os blocos de gelos que meu coração formou pra se manter seguro e salvo. E eu não posso viver com esses sentimentos, com esse amor que eu sinto por você. Nada mais me importa quando estou com você. Você se tornou a minha esperança de finalmente encontrar a paz. Porém, quando eu estou com você, eu só encontro a tristeza. E eu não posso viver com a sua tristeza, a minha já me consome demais. Luto com as lágrimas como um soldado luta em uma guerra, não para vencê-la mas para sobrevivê-la. Toda noite é uma batalha entre lágrimas e a minha insônia. Dormir me parece um ensaio da morte e meus pesadelos o meu desespero pré-morte. E viver me desespera e a felicidade me doi. Você me doi.

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