segunda-feira, 26 de setembro de 2011

something's missing


eu tenho dinheiro, tenho um carro, tenho novas roupas, novos sapatos, móveis, doces, chocolates, filmes de drama, seriados, unhas para roer, nova bolsa, novo cabelo, tatuagem nova, tequila, cerveja, novo batom, o que sobrou da família, dos amigos, do bolo de cenoura e do cheiro dele de ontem, mas não tenho felicidade.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

dói, dói tanto que não da pra escrever, não da pra pensar, não da pra viver. só dói. dói cada parte do meu corpo, cada parte que eu nem sabia que existia.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

only one who knows

Ninguém consegue um sorriso me chamando de bonita, com a naturalidade que você faz e como ninguém mais consegue me chamar assim e não soar tão ‘não’ certo, como se você fosse o único que pudesse me chamar assim. E como você me conta coisas que ninguém deveria saber, mas você insiste em me contar e depois me atormenta com frases ‘não conta pra ninguém, hein?’ ou ‘apaga isso’, da mesma maneira que eu te conto coisas que nem mesmo meu psicólogo sabe ou saberá. E o fato de eu me preocupar tanto com você, a ponto de te stalkear quase todos os dias. E sentir sua falta quando você some e odiar as férias porque é quando nós menos nos falamos. E o fato de você morar longe e eu quase nunca poder te olhar nos olhos, ou te abraçar, ou te tocar (porque eu tenho essa mania de conversar tocando nas pessoas, como se fosse pra senti-las mais em mim), ou ouvir sua voz e a maneira como seus lábios se mexem quando fala comigo. E o fato da gente acreditar na nossa amizade, ignorando todas as atrações, sentimentos e vontades.

domingo, 21 de agosto de 2011

war of my life

- me diga um defeito seu.
- sinceridade. eu sou sincera e posso te explicar porque considero isso como um defeito, sendo que a maioria das pessoas consideram como uma qualidade. eu tô aqui nessa entrevista e estou me mostrando pra você. cada pergunta que você faz, é uma verdade que eu digo. mas você não tá aqui pra selecionar as pessoas reais ou verdadeiras e sim pessoas que sabem mentir bem, as pessoas que escondem o que são e mostram o que você quer ver, ou o que você sugere que uma pessoa tenha que ser para que possa ter cargo x ou y e não a pessoa como ela é. eu não to aqui pra me vender e principalmente, eu não to aqui pra vender com mentiras uma coisa que é de verdade. se eu quisesse fazer isso, faria marketing, mas felizmente faço psicologia.

terça-feira, 26 de julho de 2011

liberdade

Tá tão difícil escrever que eu nem sei como começar. Difícil mesmo não é escrever e sim sair da minha bolha interna para passar no papel tudo que acontece dentro dela, dentro de mim. Como se a terapia bastasse para vomitar todos meus conflitos e nunca acabar com a angústia. As lágrimas é o que há de mais sincero transbordando em mim.

Vivo no pensamento o que jamais viverei na vida real. Talvez seja isso o motivo do meu vício pela internet. A possibilidade de um universo paralelo em que eu possa realmente ser o que sou e não o que os outros esperam que eu seja ou o que preciso ser para sobreviver nessa selva que a gente chama de vida.

Faço listas com a doce ilusão de que um dia cumprirei todos os itens, mesmo sabendo que eu não sigo regras, nem horários, muito menos compromissos. Sempre me atraso, nunca faço o que os outros esperam, sempre deixo para depois o que eu poderia fazer já e não mantenho laços concretos porque não gosto de me explicar.

Vivo na bagunça porque é lá que eu me acho. O que não é certo, o que não condiz, o que não faz bem, é tudo uma maneira de me sentir viva. Prometo o que não posso cumprir, digo o que não acredito e apoio o que dizem ser errado. E assim vou vivendo, na utopia de ser o que eu sou.

sábado, 19 de março de 2011

mi amigo

eu nunca vou conseguir ser sincera com ele como eu sou com você. se ele não consegue viver com isso, ele não consegue viver comigo.