segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Tu seras la historia de mi vida

Todo drama é bem vindo: incorpore um nome duplo, assuma a lágrima recorrente nos cantos dos olhos, mantenha a testa enrugada e o choro preso na garganta. Fale o que está engasgado, de preferência para toda a vizinhança, na porta de casa e aos gritos. Mas se resolver guardar sentimentos, fale sozinha: conte para o espelho todas as suas aflições de vida sofrida. Desconfie sempre do seu amante, que é também amante de outra, que tem ainda uma família para criar e não assume a tão bela felicidade de vocês. Ele prometeu, sim, mas no fundo você sabe que esse romance não dará em nada e só restará aquele amigo feinho e gago que faz tudo por você.
Amores platônicos, incertezas, angústias, vontades de parar de andar enquanto estou atravessando a rua, medos de me jogar sem querer do viaduto... Muito mexicana essa minha vida, muita intensidade, muito momento, sobra pouco pra amanhã. O que vem depois só me interessa depois.
Tu seras la historia de mi vida, hoje, agora. Eu te amo pra sempre até o dia escurecer. Te quero inteiro pela metade e sou eternamente sua em nossas curtas horas. Complete-me assim, sem dizer que sim. Se você se apaixonar, vou ter que sumir. Se disser que me quer, acaba o desafio. Assuma a bagunça que eu sou sem tentar me arrumar, não serei sua, não serei séria, não estarei sóbria. Se eu disser que te amo, pode ter certeza que é mentira. Mal consigo me amar, quanto mais amar alguém que não é o que eu espero.
Muito mexicana. Preciso de salsa, samba fossa já não me preenche mais.


Por VH

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Passeando

Começa naquele seu cabelo tigela, um pouco comprido, um pouco da moda. Depois nos seus olhos castanhos que se comunicam bem com os meus verdes, o nariz de dar inveja a qualquer narigudo, as bochechas que oscilam em tons de rosas conforme o nível da vergonha. Os lábios que abrem um sorriso para mostrar todos os seus dentes branquíssimos. Aquele sorriso que me faz sorrir também. O queixo redondo com um leve furinho. O pescoço e a magreza se juntam com a estranheza de me dizer oi sobreposto com uma conversa sem frases ou orações. E de saber dizer a frase certa no momento errado.

sábado, 3 de outubro de 2009

...

Ela nunca vai entender que o silêncio dói mais que o choro.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Pra que minha vida siga adiante

- Eu menti.
- Sobre o que?
- Eu aceitaria.
- Por que você mentiu?
- Eu não queria estragar com a sua vida. Eu sei que se eu contasse a verdade, talvez tudo voltasse à tona e eu não queria te causar problemas, não mais. Você é feliz com quem está. Eu não sou uma certeza e ela é. E como você mesmo disse, ela não merece isso. Eu não quero mais fingir. Eu preciso parar de te ver. Era mais fácil lidar com isso quando eu não sabia que você sentia o mesmo. Agora que eu sei, sempre vou ter uma esperança. Não é certo. Preciso esquecer de você e de todas as milhares coisas que me lembram você sem ela.

domingo, 16 de agosto de 2009

Escute meu silêncio.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Intercâmbio.

Pode ir, sem nenhum adeus.
Eu sempre fui acustumada com a tua ausência. Mas, sempre gostei disso.

domingo, 26 de julho de 2009

Saudade

Eu poderia estar com você nesse exato momento em que meu corpo pede pela temperatura do seu, ou meu corpo poderia estar com um outro corpo qualquer apenas tentando substituir seu perfume que ficou impregnado em minha pele. Mas ele só pediu para ficar, com essa dor, do vazio, da falta, da saudade. Me falta o ar, o peito dói, os olhos lacrimejam. Os ouvidos procuram por palavras de conforto em alguma música e eles me fazem companhia a noite toda, como se tivessem falando através de meus póros. Lembram-me cada corpo que já me aqueceu em noites como essas, cada frase sussurrada sem sentido pelo fato de não estar só e também me lembram você. Assim como essa dor, a qual também me lembra todos e especialmente, eu mesma.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Tudo passa

Eu me apego a detalhes e com você não foi diferente, mesmo que você seja tão diferente de mim. O jeito que você me olhava, a ligação no meio do dia, seu ciúmes implícito. Você sabia meu ponto fraco e eu sabia muito bem como te provocar. Você era bom demais. Porém, como todo bom homem que se preze, você sumiu e eu, como toda mulher que se preze, pouco liguei. Afinal, o Brasil tem mais homens que mulheres, eu tava mais é ganhando.
Frequentei todo o tipo de balada, revi amigos, fiz aula de yoga, pilates e até espanhol. Em nenhum momento eu pensei em você antes de dormir. Talvez aquele ditado esteja realmente certo: 'o que os olhos não veem, o coração não sente'. Parecia que eu não te via a tempos, ou porque o tempo passou devagar ou eu te superei rápido. Quando ouvia seu nome, aquelas borboletas loucas não faziam nenhuma bagunça dentro do meu estômago. Ouvi até boatos sobre você e uma loira qualquer e nem senti ciúmes. Então cheguei a conclusão que eu estava pronta para te substituir, por alguém que podia não ser melhor que você mas ainda assim bom. Eu estava pronta para enfrentar mais uma relação eterna enquanto dure.
Foi quando eu te vi ali, a pequenos passos de mim, me olhando do jeito que você me olhava, implorando por um abraço, um abrigo, por mim. E eu desesperada por você, querendo me jogar em seus braços e recuperar todo o tempo perdido, com uma saudade infinita sua. Foi quando eu dei um passo, na direção contrária, e ignorei todas as borboletas.

terça-feira, 14 de julho de 2009

dispostos

você sabe que eu sou exatamente como você. não adianta jogar seu próprio jogo, eu sei todas as regras e não tenho vontade de ganhar ou perder. mas você não é capaz de admitir um empate, só uma vitória então continua jogando. você não se cansa? ou cansou de ganhar de todas as outras?
eu não vou perder, só pelo fato de você ganhar. eu gosto da competição e você de mim.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

na soma de tudo, eu ainda chego ao positivo

Eu cheguei a conclusão de que eu nem preciso estar sempre me sentindo bem pra estar bem, isso me apavorou mais do que devia.
Não faz sentido. Ficar em paz sem a paz não existe, ou ao menos, não deveria existir. Eu fico. É possível ainda que eu fique mais em paz na minha angústia do que ele em toda sua serenidade explosiva e sincera.
Pelo menos eu somo, eu caio, eu sumo e eu vivo. Sobreviver é tão triste, pra que eu ia escolher algo do tipo?
Eu vivo aos tropeços e ainda assim vivo melhor que ele, meu deus! Isso está tão completamente errado que eu não sei nem começar a dizer por onde...São os heróis que merecem a paz suprema, não eu. Ele merece a paz suprema, não eu.
Eu posso ter dez mil problemas e chorar por todos eles sem resolver nada e posso ter todos os meus transtornos compulsivos e todos os meus defeitos e todas as minhas manhas e todas as minhas frescuras e tudo. Eu posso ter tudo de errado e ainda assim consigo sentir alguma paz. Eu posso fazer tudo dar mais errado ainda e ficar tranquila no decorrer do dia. E você, pode? E ele, e ele?
Eu posso estar acostumada ao tédio e ainda conseguir fazer nada para mudar isso. Você pode? Pode? Espero que não.
Pior que angústia eterna é perder a consciência dos fatos e parar de se importar sinceramente com as coisas. Pior que você, só eu.
Pior que sentir a dor, é deixar de senti-la. Ainda mais se você souber que ela ainda existe. E você (eu) passa a inexistir...
E ainda assim, eu não me perderia por nada nesse mundo. Eu me conheço tão bem que eu prefiro ignorar, abstrair certos fatos.

Eu não presto. Nunca prestei, e parece que com o tempo passo a prestar ainda menos. Meu prazo de validade sempre foi vencido e eu sempre tentei fazê-lo bom o suficiente pra não ter a chance de passar mal. Ou te fazer mal. Ou a ele.
Incrível como isso não deu certo! No máximo, eu larguei as pessoas ou fui largada antes de ter a chance de causar uma indigestão à alguém. E tudo bem, eu me aceito bem.
Eu sou podre, mas eu não contagio os outros ao meu redor. É como se eu preservasse todos os fungos e todas as doenças só pra mim, por puro egoísmo e falta de bom senso.
E acumular todas as coisas - boas ou ruins - dá um misto de sensações que eu não consigo explicar. Ou evitar.
Deve ser por isso que eu fico doente toda semana, e ainda assim...Me divirto.

Jéssica,
meu eu em outro corpo que mora em Cuiabá.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

it takes no time to fall in love but it takes you years to know what love is

- Alô?
- Te acordei?
- Três da manhã. Você quer realmente que eu responda?
- Chato, como sempre.
- Uma vez, você disse que gostava da chatisse.
- Eu gosto.
- ...
- ...
- Então?
- Que foi?
- Pra que me ligou?
- Se eu falar que é pra ouvir sua voz, você acharia clichê e eu também não mentiria.
- Oi
- Você tem mais alguém?
- Por que a pergunta?
- Você vai continuar me ignorando? Porque eu não sei viver nesse seu silêncio, nesse meu tormento, nessa esperança de rolar de novo, querendo te ligar só para saber seu dia, ouvir sua voz, sua risada, contar como tal coisa me lembrou você. Eu não sei ter que me segurar, só para não te assustar. Eu não sei ser morna. Eu quero me mostrar pra você, nua e crua. Eu quero te ver. Eu quero me sentir confortável ao seu lado, sem me preocupar se você está achando que é demais ou de menos. Eu não peço andar de mãos dadas. Apenas uma ligação no meio do dia e talvez um café da manhã no próximo.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

No more questions

Te peço, por mim, não faça mais perguntas. Como sempre vou responder mais do que devo e mais do que acho que quero. Eu não acho nada, entende? Eu não sei de porra nenhuma. Portanto não me pergunte. Até porque ainda que soubesse, eu não tenho vontade de saber, isso já modifica bastante as coisas. Se eu pudesse eu ia embora disso aqui tudo agora. Agora mesmo. Eu me transportava pra chuva fina naquela praia escura, deserta, os bares fechados já. Acho que eu teria medo de andar sozinha.

Eu descobri uma coisa muito grave. Sou viciada nas pessoas. Eu odeio elas, não suporto conviver, tenho repulsa, as vezes até nojo. E não consigo me ver sem elas. Eu preciso delas. Não o tempo todo, pelo amor de Deus. Mas eu realmente preciso estar com elas. Respirar elas, faze-las rir, ouvir elas, entende-las, deitar junto, dividir as coisas, sim, eu gosto disso, de verdade, é tipo um vício porque ao mesmo tempo elas me fazem muito, muito mal, eu fico com saudade de mim e querendo a minha mãe, mas isso são só momentos. Daqui a pouco eu sou uma delas e adoro a sensação. Mas enjôo muito fácil. E sei fingir também. Eu preciso de um tempo. Não dá tempo, eu sei. Mas farei o que puder até os próximos cinco minutos indefinidos.

Lara Gomes,
amiga que mora em Valinhos, faz teatro e ótimos textos.

- faço das palavras dela as minhas. -

quinta-feira, 7 de maio de 2009

(8)

é esse maldito aperto no peito que não me deixa respirar, não me deixa dormir, não me deixa pensar.
sentada no sofá, trocando os canais constantemente, procurando por algo de bom para ver - mesmo sabendo que eu não irei achar - com todos aqueles inúmeros canais, nenhum de bom, pelo menos não por agora.
não é possivel que com tantos canais, UM não sirva. será que são eles que são ruins ou o meu gosto é pior ainda? será que o dinheiro gasto todo o mês para a tv a cabo não é mais nada que dinheiro jogado no lixo? será que a tv ficou insuportavelmente chata, tão chata quanto eu ?
desligo.
talvez o silêncio possa ser uma boa companhia. todas as minhas vozes interiores trocando informações, colidindo umas as outras, falando cada vez mais, mais e mais alto. será que nem elas se compreendem mais?
silêncio de novo.
por que esse vazio agora? eu não tenho nada a me preocupar. eu não quero me preocupar com nada. eu quero um tempo pra mim.
vazio. vazio.
ouço uma voz meiga e doce a cantar, toda desafinada, uma música que eu desconheço. a voz se embaralha com o soar das palavras. sai do ritmo, empaca, gagueja.
olho na janela.
sentada em frente a sua casa, está uma menininha, de uns 6 anos, cantando na companhia de seu cachorro, bem maior que ela, uma triste canção.
será que ela sente esse vazio também? será que essa angústia enorme toma seu pequeno peito igual toma ao meu nesse exato momento? será que cantando, ela conseguirá afastar todos os montros de dentro de sua cabeça?
não sei.
crianças podem ser mais espertas que os adultos e esses se julgam mais capacitados e superiores que elas. será que é por que crianças sentem e adultos pensam?

-
queria voltar a ter 6 anos.
odeio verbos no futuro do pretérito.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

life is wonderful


praia é um lugar lindo, não é?
areia até no cu, água salgada no estômago e peixe entre os dentes. vendedores ambulantes tentando vender seus artesanais pra conseguir um pouco de felicidade irreal. pinturas sem cor, vento com canto, ar com cheiro. a felicidade dos adultos como fonte para a nossa e o dormir infinito que nos persegue a todo tempo. bastante tempo para nada. pouca coisa para tanto espaço. o nada dentro do tudo. o simples no complexo e tudo isso deixando de existir.
como é que a gente ainda consegue viver assim?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

quase como um sonho bom

Eu não crio sonhos, os quais eu não posso alcançar.
Pode me xingar o quanto você quiser, minhas metas continuarão baixas. Pra que metas altas? Provavelmente você não as alcançará mesmo. Pessimista o caralho, realista. Se caso eu conseguir algo maior do que eu esperava, melhor pra mim.
O problema nos dias de hoje é que as pessoas sonham com coisas que não existem, não para elas. Ingenuidade? Ingenuidade é uma virtude, parabéns a você que consegue ainda viver nesse mundo e continuar ingênuo. Como já dizia Rosseau: "o homem nasce bom e a sociedade o corrompe". Pois é, concordo.
Acho super lindo você sonhar sonhar com a faculdade perfeita e o emprego dos seus sonhos. Acho super lindo você querer seu príncipe encantado num cavalo branco, sendo que enquanto você espera, já se passaram 3 desses e você nem se deu conta, já que nenhum se parecia tão bonito quanto nos seus sonhos, já que todos tinham defeitos e o seu principe não tem nenhum. Acho super lindo você querer um felizes para sempre sem nem saber o que é compromisso. Acho super lindo você sonhar com a sua casa, seu marido lindo e seus filhos irritantes. Acho super idiota eu falando sobre isso.bjs.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Mondo Muderno.

tentativa 1584852 de se fazer um blog, o qual não irá durar.

engraçado como nos dias de hoje fala-se muito em: modinha.

nike dunk, calça skinny, colorida, óculos, rayban wayfarer, maquiagem, camisetas de bandas/filmes/desenhos, cor, fotografia, filmagem, livros, balada alternativa, rock britânico, fotolog, blog, orkut, cult, filmes, trainspotting, laranja mecânica, filosofia, cabelos coloridos, cabelos repicados, cabelo raspin, estilo ronaldin (zuei).
pagode, micareta, pegar geral, peitos na webcam, sexo, camisinha, sexo sem camisinha, gravidez, repetir de ano, bebidas, drogas.
ska, música 70', los hermanos, o bom e velho jazz, blues e folk, johnny cash.
comida vegetariana, economizar água, um mundo limpo, verde, não poluído, o bem para o mundo feito apenas por você.

o que é modinha para você?




você.


tchau.